02 novembro, 2007

AS CÉLULAS COMEM E BEBEM?

Isso é muito curioso, pois pelo seu mínimo tamanho deduzimos que as células não se alimentam, mas estamos enganados, elas comem e bebem sim, veremos como...
Algumas vezes, certas partículas sólidas e determinadas substâncias solúveis não são capazes de atravessar a membrana plasmática em virtude de suas grandes dimensões. Nesses casos, elas podem ser ingeridas por um mecanismo de englobamento chamado genericamente endocitose.
O englobamento das partículas sólidas é denominado fagocitose e compreende dois estágios:
--> A adsorção (aderência) da partícula à célula;
--> O englobamento, propriamente dito, por evaginação (dobra para fora) da membrana.

A fagocitose, bastante comum em alguns seres unicelulares, é usada como mecanismo de apreensão e ingestão de alimentos. Ou seja, a célula também come.





Quando os materiais a ser incorporado à célula são substâncias solúveis como, por exemplo, as proteínas, ocorre um fenômeno chamado pinocitose.
Ao contrário do processo da fagocitose, na pinocitose há uma invaginação da membrana e logo após, o englobamento do material.





Vale ressaltar que nos dois tipos de endocitose, há gasto de energia, portanto são processos ativos.

Além de “comer e beber” (fagocitose e pinocitose) a célula também realiza a exocitose que é a eliminação de materiais envolvidos pela membrana de seu interior.




Todas as MEMBRANAS CELULARES são IGUAIS?


Não, nem todas as células são iguais. Além da membrana plasmática, certas células possuem parede celular. Nas células vegetais e também em algumas bactérias, existe um revestimento externo à membrana plasmática, cujo nome é a parede celular.
Constituída por celulose, pectina ou lignina, dependendo do ser vivo ao qual a célula pertence, a parede celular desempenha funções de proteção e suporte mecânico.
Apesar da estrutura espessa e resistente que a parede celular confere às células, estão não são privadas de um contato maior quando da constituição dos tecidos vegetais.
Agora em nossa frente uma nova placa:

MOSAICO FLUIDO

Vimos até agora como a membrana é por fora, agora vamos penetrar nela para saber como é por dentro.Identificamos à primeira vista, uma estrutura formada por três camadas: duas de fosfolipídios intercaladas por uma de proteína, permitindo concluir que sua composição é lipoprotéica. Pelo que podemos observar as membranas lipídicas encontram-se em estado fluido* e as moléculas protéicas estão encaixadas nesse suporte lipídico. Devido à flexibilidade das camadas lipídicas, as proteínas deslocam-se por ele com grande facilidade, a essa estrutura da membrana, proposta por S.J. Singer e G. Nicholson, deu-se o nome de “Mosaico Fluido”.





SUBSTÂNCIAS ENTRANDO E SAINDO...!
(TRANSPORTE PASSIVO)


Por possuir permeabilidade* seletiva, a membrana celular permite que as substâncias necessárias ao funcionamento das células sejam selecionadas e transportadas para seu interior ou jogadas para fora quando não necessárias. É o intercambio do meio interno com o externo. Porém, nem todos os processos de transporte pela membrana se processam da mesma maneira. O transporte de substâncias através da membrana celular dá-se por difusão, osmose e por transporte ativo.


Nossa...Estamos maravilhados...Vocês precisam ver isso!!! Só vendo pra crer!!!


Difusão Simples


Difusão simples é a dispersão ou deslocamento espontâneo de partículas. Na difusão, as partículas tendem a movimentar-se da região de maior concentração de partículas para a região onde a concentração é menor. Esse processo não consome energia e termina quando as concentrações se igualam. E é isso que estamos vendo agora!
Com a finalidade de igualar concentrações, o soluto* também pode movimentar-se do meio hipertônico* para o meio hipotônico*. Esse fenômeno é chamado difusão.
No entanto, para ele ocorrer, a membrana que separa os compartimentos deve ser permeável* ao soluto utilizado no experimento.






Osmose

A osmose permite o transporte de solvente (água) e não do soluto. Através de uma membrana semipermeável, o solvente passa do local de menor concentração para o de maior concentração de soluto.
A água entra e sai da célula através da membrana. No entanto, esse fenômeno não acontece aleatoriamente, mas depende de certas condições.

Isso é realmente muito interessante...!





O compartimento A é hipertônico em relação ao compartimento B. Eles estão separados por uma membrana.

Após algum tempo...




Notamos que houve passagem de água (solvente) do compartimento B para o compartimento A, ou seja, o movimento da água se deu no sentido da solução menos concentrada para a mais concentrada.
Após certo tempo, as concentrações igualam-se.
É esse movimento da água, resultante da diferença de concentração que recebe o nome de osmose.



“Tanto a OSMOSE quanto a DIFUSÃO são mecanismos importantíssimos nas células. São eles que garantem o equilíbrio necessário entre os meios intra e extracelular e, consequentemente, a manutenção da vida”.


Até agora vimos os mecanismos de transporte de substancias que não precisam de energia para acontecer (transporte passivo), agora veremos aqueles que precisam de energia para serem transportados.


TRANSPORTE ATIVO

Esse transporte ocorre com gasto de energia, enquanto no transporte passivo, a célula não tem gasto energético.
Determinadas substâncias, mesmo existindo em menor quantidade fora da célula, tendem a entrar nela, contrariando os princípios da difusão. Esse fenômeno é comum em nossas hemácias. Nessas células a concentrações de íons potássio (K+) é maior do que no plasma sangüíneo, onde as hemácias estão submersas; por outro lado, há íons sódio (Na+) no plasma sem maior concentração do que no interior das hemácias. As diferenças de concentração desses elementos químicos mantêm-se inalteradas, mesmo ocorrendo difusão, e, para que essa situação se mantenha. Algumas proteínas da membrana funcionam como verdadeiras carregadoras de substâncias, bombeando constantemente o K+ (potássio) para o interior das hemácias e o Na+ (sódio) para fora das hemácias. São as chamadas bombas de sódio e potássio. Por ocorrer contra um gradiente de concentração, provoca gasto de energia, sendo, portanto, transporte ativo.





Difusão Facilitada

Duas moléculas quimicamente semelhantes e de mesmo tamanho podem ter destinos diferentes ao entrar em contato com a membrana plasmática. Isso se deve à presença de proteínas especiais denominadas proteínas carreadoras, proteínas transportadoras ou simplesmente permeases, que se encontram ligadas à membrana.
Funcionando como as enzimas, as permeases unem-se por meio de sítios de ligação à partícula a ser transportada, facilitando a sua passagem. O transporte só ocorrerá se houver afinidade entre a estrutura da partícula e o sitio de ligação da permease.
Quando o transporte promovido pela permease ocorre a favor do gradiente de concentração, portanto sem gasto de energia, falamos em difusão facilitada.
Em algumas células, certos glicídios são transportados através da membrana por meio da difusão facilitada.